Sal fundido poderá substituir o combustível fóssil nos carros?
Desde 2015, tecnologias inovadoras têm transformado o armazenamento de energia renovável, utilizando o sal como um elemento essencial. Essa abordagem, empregada em locais como Tonopah, Nevada (EUA), e no complexo Cerro Dominador, no Deserto do Atacama, Chile, está revolucionando o setor energético ao permitir a retenção e a liberação de energia de maneira eficiente e sustentável.
Em Tonopah, a primeira usina comercial dos EUA a utilizar essa tecnologia tem uma capacidade de 110 megawatts, suficiente para abastecer 75 mil residências por até 10 horas. O processo envolve 10 mil espelhos que refletem a luz solar para um receptor em uma torre de 195 metros. O sal líquido, aquecido pelo receptor, é armazenado em tanques térmicos. Quando necessário, esse sal aquecido gera vapor, que aciona uma turbina para produzir eletricidade, garantindo operação mesmo em dias nublados.
Semelhantemente, o Cerro Dominador, um dos maiores projetos de energia solar na América Latina, combina tecnologia fotovoltaica e de concentração solar (CSP). Com uma usina fotovoltaica de 100 MW e uma planta de CSP de 110 MW, o complexo utiliza heliostatos para concentrar a luz solar em uma torre central. A tecnologia de sal fundido, geralmente uma mistura de nitrato de sódio e nitrato de potássio, aquece a temperaturas entre 500°C e 565°C. Esse calor é armazenado em tanques isolados, permitindo a geração de energia contínua, mesmo após o pôr do sol.
Tanto em Tonopah quanto no Cerro Dominador, o uso do sal fundido apresenta diversas vantagens. A alta capacidade de armazenamento de energia térmica assegura uma produção contínua de eletricidade, contribuindo para a estabilidade da rede elétrica e aumentando a eficiência geral dos sistemas CSP. Esse método de armazenamento térmico também facilita a utilização da energia solar de forma mais estável e previsível, essencial para locais com alta variação de luz solar.
A tecnologia de armazenamento de energia com sal fundido, inicialmente desenvolvida por empresas aeroespaciais americanas como Rockwell International e Boeing, tem demonstrado grande potencial de expansão global. Além dos EUA e do Chile, projetos semelhantes estão sendo implementados na África do Sul, destacando-se como soluções viáveis para a redução das emissões de carbono e o aumento da capacidade de geração de energia renovável em diversos países.
Fusca chinês será vendido no Brasil
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