Flamengo: Com relatos emocionantes, incêndio no Ninho do Urubu ganha série documental na Netflix
Netflix produz minissérie sobre caso
Na quinta-feira (14), a Netflix irá lançar “O Ninho: Futebol & Tragédia”, minissérie documental sobre o incêndio. Dez jovens foram mortos no centro de treinamento do Flamengo, no dia 8 de janeiro de 2019.
Cinco anos depois, a produção mostra como tem sido a trajetória profissional de alguns dos sobreviventes ao incêndio – jovens que atuavam pelo Flamengo e moravam no Ninho do Urubu. O presidente Eduardo Bandeira Mello é um dos principais investigados.
Muitos estão em fases diferentes de suas carreiras. Lázaro, por exemplo, segue atuando no futebol. Nesta temporada, o jogador assinou o contrato com o Palmeiras.
Além de relatos dos sobreviventes, jornalistas e profissionais do futebol dão seus depoimentos na busca por respostas sobre o incêndio, que até hoje não tem nenhum acordo entre Flamengo e as famílias das vítimas.
Familiares expõem dores e pedem justiça
Dez jovens, que estavam no local no momento do incêndio, perderam as suas vidas. Parte da minissérie documento acompanha depoimentos das famílias das vítimas.
“O Ninho: Futebol & Tragédia”, que terá três episódios disponibilizados na Netflix, traz relatos emocionantes de pais e mães, que seguem na luta por justiça em nome de seus filhos.
Há cinco anos, os familiares das vítimas não fecharam um acordo com o Flamengo. O clube carioca, que foi alvo de diversos comentários polêmicos, segue na Justiça em relação às indenizações aos pais e mães dos dez jovens.
A produção também traz imagens inéditas e, inclusive, recria momentos da noite do crime. Em uma das cenas mais simbólicas, o diretor Pedro Asbeg reconstituiu o incêndio no contêiner do Ninho do Urubu.
O incêndio no Ninho do Urubu
Em 8 de fevereiro, um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado causou o incêndio. O fogo rapidamente consumiu o alojamento que abrigava jogadores da base do Flamengo.
Conforme investigação da Polícia Civil, o clube, que segue com a batalha judicial, não tinha licença do Corpo de Bombeiros. As instalações também possuíam irregularidades, como a falta de sistema de sprinklers e extintores de incêndios.
Ao todo, no momento do incêndio, 26 meninos dormiam no local. Dos sobreviventes, três foram internados no hospital em estado grave. As vítimas fatais tinham entre 14 e 16 anos.
São eles: Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius, 14 anos; Bernardo Pisetta, 14 anos; Christian Esmério, 15 anos; Gedson Santos, 14 anos; Jorge Eduardo Santos, 15 anos; Pablo Henrique Matos, 14 anos; Rykelmo de Souza, 16 anos; Samuel Thomas, 15 anos; e Vitor Isaías, 15 anos.