Postura de Gabriel Milito no Atlético-MG gera crítica de comentarista

Comentarista da Rede Globo destaca postura defensiva em jogo contra o Fluminense, no primeiro jogo de ida da Libertadores

Galo sai atrás no placar em primeiro jogo da Liberta

Em uma noite de tensão no Maracanã, o Fluminense arrancou uma vitória crucial sobre o Atlético-MG de Gabriel Milito, na primeira batalha das quartas de final da Libertadores.

O placar magro de 1 a 0 só foi decidido nos minutos finais, quando Keno, em uma ótima jogada, desceu pela esquerda e entregou uma bola perfeita para Lima, que testou firme para o fundo das redes aos 41 do segundo tempo.

O gol veio como um golpe cirúrgico, selando o destino do duelo e colocando o Tricolor em vantagem na disputa por uma vaga na semifinal. Com isso, o que não passou despercebido pelos torcedores e especialistas foi a estratégia extremamente defensiva do Atlético Mineiro durante os 90 minutos.

Para Carlos Eduardo Lino, jornalista e apresentador do Seleção SporTV, o Galo tentou reproduzir o plano de jogo que funcionou contra o São Paulo, pela Copa do Brasil.

Comentarista critica postura defensiva do Atlético-MG de Milito

No entanto, segundo Lino, o time de Milito foi “arriscar demais”, ao optar por essa abordagem cautelosa diante de um Fluminense tão ofensivo e talentoso, classificando a escolha como um risco excessivo.

”Eu entendo olhar para o confronto contra o São Paulo e tentar reproduzir contra o Fluminense. Ok, faz algum sentido. Mas não no jogo de ida. No jogo da ida, o gol que o Fluminense fez, o Lucas (Moura, do São Paulo) perdeu. E o Atlético poderia ter sofrido do mesmo mal. Ele tentou recortar e colar o jogo fora de casa, no Morumbi. Eu acho que é arriscar demais”, destacou Lino.

Carlos Eduardo Lino também chamou atenção para o fato de que o Atlético-MG tem jogadores com grande potencial ofensivo e que o time poderia ter sido mais ousado no ataque.

O comentarista mencionou atletas como Paulinho, Hulk e Scarpa, destacando que, com talentos desse calibre, a escolha por uma postura tão defensiva foi no mínimo questionável, desperdiçando a chance de explorar o poder de fogo que o elenco oferece.

”Estrategicamente, era para o Atlético se defender, mas se você tem Paulinho, Hulk, Scarpa… O Atlético poderia ter jogado mais. Por isso voltou diferente no segundo tempo. A ideia original era se defender, mas não podia jogar tão pouco. O que o Atlético jogou no primeiro tempo, o jogo simplesmente não acontecia”, criticou o comentarista

Próximo compromisso do time mineiro

Após o revés por 1 a 0 diante do Fluminense, o Atlético-MG terá uma missão complicada no jogo de volta, na próxima quarta-feira (25), na Arena MRV: vencer o Tricolor por dois gols de diferença para carimbar o passaporte às semifinais da Libertadores. Uma vitória simples leva a decisão para os dramáticos pênaltis.

Mas, antes de se concentrar em jogo decisivo, o Galo volta suas atenções ao Brasileirão. No domingo (22), às 16h, também na Arena MRV, o Atlético encara o Bragantino pela 27ª rodada do campeonato, em busca de fôlego na competição nacional.

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